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Seu Júlio

Atualizado: 25 de jul.

Era final de primavera, os dias aqui em Apucarana, já amanheciam mais quentes. O calor agradável predominava até a noite. Foi num dia ensolarado desses que o vi pela primeira vez na academia, conversei com minha instrutora e perguntei dele. Dizia ela que tinha começado a academia naquela semana. Devia ter por volta de 70 anos, embora carregasse uma postura ereta e uma expressão tão viva que desafiava qualquer cronologia. Chamava atenção por sua elegância discreta: moletom cinza-claro, sempre bem limpo e alinhado, tênis brancos impecáveis e aquele perfume… ah, aquele perfume. Amadeirado, seco, com um toque sutil de algo mais doce — talvez baunilha — que parecia grudado à pele dele, como uma assinatura silenciosa de sua presença.


O nome dele era Júlio. Tinha 72 anos, olhos de um azul que lembravam o céu de verão, e cabelos totalmente grisalhos, penteados com cuidado. Era um homem alto, cerca de 1,80m, e o corpo já não tinha o mesmo viço da juventude — exibia uma bela barriguinha redonda e durinha —, mas havia nele uma dignidade tão encantadora que o tornava magnético. Seu jeito calmo de falar, o sorriso simpático e a educação gentil faziam dele uma companhia adorável. Ele era o tipo de homem que oferecia um bom dia olhando nos olhos, algo raro hoje em dia.


Não demorou para criarmos amizade. As conversas começaram tímidas, entre uma série de supino e uma passada leve na esteira. Descobrimos que éramos vizinhos de bairro, dividimos histórias da vida, rimos de absurdos do cotidiano. Ele me contou, sem pudores, que era casado com uma mulher havia mais de 40 anos. Eu, por minha vez, contei que também era casado — com um homem. Isso nunca foi problema pra ele. Pelo contrário. Ele achava natural. Nunca demonstrou desconforto, nem nos meus comentários mais ousados. Aos poucos, nossa amizade ganhou cor, cheiro, textura.


Teve um dia em que, sem cerimônia, mostrei pra ele algumas fotos minhas. Nudez, poses sensuais, até vídeos meus transando com outros homens. Ele assistiu com um sorriso curioso, quase paternal, e depois me olhou nos olhos:


— Você vive do seu jeito. Isso é bonito. Mas eu sou um homem hétero, meu lance é mulher, sabe? — disse com naturalidade.


— E tudo bem, seu Júlio. Só gosto da tua liberdade. Do jeito que você lida com tudo — respondi, sorrindo.


Ele deu uma risada suave, sem sarcasmo, apenas sincera, e mudou de assunto com a leveza de quem não carrega preconceitos. Esse era seu Júlio. Não se chocava, não se retraía. Era tão convicto de si que não se incomodava em receber meus elogios, nem minhas investidas sutis — ou nem tão sutis.


Aliás, era impossível não reparar como o moletom que ele sempre usava traía sua anatomia. Dependendo do aparelho, o tecido esticava, moldava as formas sob a calça. Em alguns dias, o volume entre suas pernas era tão evidente que parecia proposital. Um saco pesado, arredondado, e um volume que sugeria um pau grosso, com uma cabeça generosa, desenhada pelo próprio moletom. Eu olhava, disfarçado, com a mente fervendo em curiosidade e desejo.


Mesmo com todas as minhas cantadas — algumas escancaradas — ele nunca se mostrou ofendido. Dizia apenas:


— Você é danado, hein? Mas eu já te falei, meu negócio é mulher… — e ria, como quem já esperava aquilo de mim.


Com o tempo, os gestos ficaram mais íntimos. Quando chegava na academia e o via em algum aparelho, não hesitava: me aproximava por trás, envolvia meu corpo no dele e o abraçava, firme, sentindo o calor que vinha daquele homem grande. Às vezes, pressionava o rosto contra seu pescoço e respirava fundo, absorvendo aquele perfume que me deixava zonzo. Ele sorria, levava uma das mãos até meu braço e apertava de leve. Um carinho discreto, mas que me atravessava.


Dava um beijo no rosto dele, ali mesmo, no meio da academia, e dizia algo como:


— Que cheiro bom, Júlio… Você devia ser proibido de ficar tão gostoso assim, mesmo de moletom.


Ele apenas ria, balançava a cabeça e voltava ao exercício, como se tudo aquilo fosse parte da nossa rotina — e era. Mas dentro de mim, uma vontade antiga e crescente ia se alimentando dia após dia, imaginando até onde essa intimidade poderia nos levar.


E eu sentia que, por trás daquele moletom cinza, havia mais do que apenas músculos envelhecidos e um pau bem desenhado. Havia uma história escondida. Um desejo talvez adormecido. E eu queria descobrir se, um dia, ele deixaria escapar mais do que um sorriso e um perfume.


Seis meses já haviam se passado desde que seu Júlio e eu nos conhecemos na academia. Meio ano de encontros diários, conversas cada vez mais íntimas, e uma rotina que já parecia fazer parte de nós dois. Ele era como um ritual para mim — e, pelo que percebia nos seus olhares, talvez eu também já fosse para ele.


As conversas evoluíram naturalmente, deslizando por temas mais pessoais, mais profundos, mais… provocantes. Já havia se tornado comum eu ajudar seu Júlio nos aparelhos — o que, convenhamos, era apenas um pretexto para estar mais perto dele, tocar suas coxas grossas, sentir o calor do seu corpo de homem maduro e cheiroso.

Muitas vezes, ao levantar os braços ou sentar nos equipamentos, a camiseta dele subia e deixava à mostra aquela barriga saliente, redondinha, coberta por uma floresta de pelos grisalhos. O brilho da luz de academia refletia nos fios, e aquilo me hipnotizava.

Eu olhava fascinado, imaginando que ali por baixo — embaixo daquela calça larga de moletom — os pelos também seguiam grisalhos, talvez uma continuidade daquela selva charmosa que enfeitava seu peito, sua barriga, suas axilas. Às vezes, ele se pegava me encarando enquanto eu o observava descaradamente e apenas sorria, tímido, mas sem nunca me afastar.


Meus comentários passaram a ser mais ousados:


— Júlio, você não tem noção do tesão que é ver esse volume marcando na sua calça… — eu dizia, com um sorriso safado.


Ele baixava os olhos, às vezes balançava a cabeça, como quem tentava disfarçar o constrangimento… mas o sorriso dele era outro. Era um sorriso orgulhoso. Ele gostava, mesmo que tentasse parecer alheio.


— Você é sem vergonha, hein? — dizia, sempre com aquele riso abafado.


— Só tô sendo sincero… E, convenhamos, você merece esses elogios. Tá um tesão — respondia, muitas vezes passando minha mão pela lateral da sua coxa, fingindo estar ajudando no posicionamento do exercício.


Ele sabia. Ele sempre soube. E, ao invés de me repreender, me deixava fazer.


Minhas mãos foram ganhando ousadia. Tocavam mais firme, mais demoradamente. Eu começava com os joelhos, subia pelas coxas, e às vezes deixava a mão deslizar até o alto de suas pernas. Nos primeiros contatos mais ousados, ele recuava o quadril, como se dissesse “aí não”, mas não havia raiva, nem repulsa. Apenas receio. Curiosidade. Cuidado.

Mas o tempo — e minha insistência paciente — foi relaxando seus limites. Aos poucos, minha mão encontrou lugar ali. Pousava de leve entre suas pernas, pressionava sem força, sentia o peso do saco marcado pela calça, e ficava ali, por alguns segundos a mais a cada dia. Júlio não só permitia, como começou a me lançar aquele sorriso de canto de boca… um sorriso malicioso, gostoso, cúmplice. Um sorriso que dizia: “Sei o que você está fazendo. E não me importo.”


Conversávamos sobre tudo, e uma tarde ele me confidenciou, com um tom de desabafo sincero:


— Lá em casa… já faz tempo. A mulher não tem mais vontade. Às vezes até tento algo, mas ela… nada. Então acabo indo pro chuveiro resolver sozinho, sabe?


Eu fingi surpresa, mas por dentro quase explodi de excitação. Estávamos num banco de supino, ele sentado, eu do lado.


— E você ainda consegue ter ereção fácil? — perguntei, num tom casual.


Ele olhou pro chão, ajeitou os óculos na ponta do nariz e respondeu com aquele orgulho contido que só os homens mais velhos têm:


— Ah, meu amigo… ainda tô muito bem na fita. Graças a Deus, não tenho problema nenhum com isso.


Sorri.


— Aposto que ainda tem um pau bonito. Grossão. E cabeludo, como o resto de você…

Ele riu sem graça, olhou ao redor, como quem checava se mais alguém escutava.


— Para com isso… — disse, meio vermelho. — É… um tamanho bom, só isso.


A resposta evasiva só serviu pra incendiar minha imaginação. Desde aquele dia, minha mente passou a ser ocupada por uma só imagem: o pau do seu Júlio. Imaginava ele debaixo do chuveiro, com os olhos fechados, a água quente escorrendo pelos pelos grisalhos, enquanto sua mão firme deslizava pelo próprio membro. Pensar nisso fazia meu pau ficar duro na hora, às vezes até marcando na minha própria calça, e não foram poucas as vezes em que o peguei lançando olhares discretos para o volume entre minhas pernas.


Era como se nossos corpos estivessem em um jogo de sedução silencioso. Ele me observava de longe, fingia se distrair com o treino, mas seus olhos me buscavam. E eu… já não fazia mais questão de disfarçar. Nossas energias se misturavam naquele ambiente carregado de suor, de calor, de desejo não dito.


E eu sabia… sabia que alguma linha havia sido cruzada. E agora, não havia mais volta.


Naquela semana, alguma coisa estava fora do lugar. Era como se uma peça do meu cotidiano tivesse desaparecido. Seu Júlio não apareceu na academia na segunda, nem na terça. Na quarta, a ausência dele já não era apenas perceptível — era sentida.


Perguntei discretamente à instrutora, tentando soar casual, mas meu tom denunciava um certo incômodo. Ela respondeu, simpática:


— Ele tá gripado… disse que vai faltar alguns dias pra se recuperar. Mas semana que vem deve voltar.


Assenti com um sorriso murcho, mas por dentro uma espécie de vazio me atravessou. Era engraçado… A gente nunca havia trocado número de celular. Nada de redes sociais, nada de mensagens. Nossa amizade existia no tempo real, na presença física. E talvez por isso fosse tão rica. Era uma relação à moda antiga, como nos velhos tempos: construída no olho no olho, no toque, na escuta atenta. Não havia distrações, filtros, emojis. Só nós dois. E, talvez por isso mesmo, a ausência dele tenha sido tão sentida.


Os dias seguintes pareceram mais silenciosos. A música da academia continuava a tocar, as conversas fluíam ao redor, mas meu corpo parecia procurar, o tempo todo, o cheiro amadeirado de seu Júlio no ar. O olhar azul dele. A voz grave e calma. O sorriso meio torto que sempre aparecia quando eu exagerava nos elogios.


Na quinta-feira, cheguei à academia como sempre. Já sem esperar grandes surpresas, comecei meu treino um tanto distraído. Cerca de vinte minutos depois, enquanto fazia um exercício sentado, vi a catraca da entrada se mexer. E lá estava ele.


Seu Júlio.


Passando pela catraca com passos firmes, o velho moletom cinza e os olhos vasculhando o ambiente como quem procura algo — ou alguém.

Quando me viu, o sorriso dele foi imediato. Aberto, iluminado, com um brilho nos olhos que dizia mais do que qualquer palavra. Aquela expressão me desmontou. Era como reencontrar um pedaço de mim.


Levantei, estendendo o braço para cumprimentá-lo, mas ele ignorou completamente o gesto. Em vez disso, veio direto ao meu encontro e me envolveu num abraço apertado. Um abraço de urso. Aquele corpo grande, quente, coberto de moletom e cheiro familiar, se apertando contra o meu. Nossas barrigas se encontraram, parecia até que nossas rolas, flácidas, se tocaram suavemente. Foi longo, demorado, aconchegante. Eu podia jurar que ele suspirou de leve.


Quando se afastou, olhou bem nos meus olhos e, com uma ternura que eu nunca tinha visto nele, me deu um beijo no rosto. Lento, respeitoso, mas cheio de afeto. Aquilo me pegou de surpresa. Júlio nunca havia feito isso antes. E, naquele gesto simples, havia algo diferente. Um sinal. Um pequeno transbordamento daquilo que ainda era invisível entre nós.


— Tava com saudade, rapaz… — ele disse, ajeitando os óculos, ainda com aquele sorriso meigo.


— Também senti sua falta… E aí, melhorou da gripe?


— Novo em folha. Já posso até correr maratona — respondeu com aquele humor leve.


Voltamos à nossa rotina, agora mais próximos do que nunca. Conversamos entre um exercício e outro, matando as saudades, trocando risadas e confidências. Seu Júlio estava animado, falava mais do que o normal, com uma certa empolgação no olhar. Até que, quase como quem deixa escapar algo planejado, ele comentou:


— A patroa vai fazer um retiro da igreja esse fim de semana… Só pras senhoras. Quatro dias fora: quinta, sexta, sábado e domingo.


A notícia fez minha mente girar com possibilidades. Já me peguei imaginando mil formas de sugerir um encontro, um convite casual, um motivo pra vê-lo fora dali.

Mas nem precisei dizer nada. Ele imediatamente fez o convite:


— Tava pensando… Que tal a gente sair na quinta à noite? Tomar umas num bar aí. Conversar mais, sem hora. Topa?


Meu coração acelerou.


— Claro que topo. Já tava na hora da gente se ver fora dessas paredes. — respondi, sorrindo.


Por dentro, eu já contava os dias. A cada passo que dávamos, a confiança entre nós se fortalecia. Seu Júlio estava abrindo pequenas janelas para mim — e eu sabia respeitar cada fresta. Esse era o segredo. Nunca forçar. Apenas estar ali, inteiro, presente, oferecendo carinho, escuta, desejo… sem nunca ultrapassar seus limites.


E ele sabia disso. Por isso me deixava tocar. Por isso sorria quando minhas mãos descansavam em suas coxas. Por isso aceitava meus abraços demorados, meu olhar explícito, meus comentários ousados. Porque, no fundo, seu Júlio sabia que ali havia respeito, e não só vontade.


Naquela noite, fui dormir sorrindo. Me peguei imaginando como seria vê-lo fora da academia, de roupa diferente, em outra luz. Senti o corpo dele ainda preso ao meu peito, o calor do seu abraço, o cheiro do seu pescoço, e o toque sutil dos seus lábios na minha pele.


E me preparei. Porque a quinta-feira à noite estava prestes a marcar um novo capítulo dessa história.


Era quinta-feira. Dia marcado. Eu fui pra academia como de costume, mas com o coração batendo diferente — uma mistura de ansiedade e euforia que não me visitava havia tempos. Seu Júlio já estava lá, e assim que me viu, abriu aquele sorriso encantador que sempre me desarmava.


Fui até ele, como de praxe, dei um beijo mais demorado em seu rosto e me permiti demorar no abraço. Ele não disse uma palavra — mas seus olhos me responderam com um carinho silencioso, quase tímido. Não precisava de gestos grandes. Só aquele olhar azul, doce e gentil, já me deixava completamente entregue.


Antes mesmo que eu pudesse perguntar se o encontro da noite estava de pé, ele me surpreendeu:


— E aí… tá mantido, né?


— Claro que tá. Você acha que eu ia perder isso?


Ele riu, abaixando os olhos, um pouco envergonhado, e comentou que fazia tempo que não saía assim. A vida com a esposa era pacata. Se saíam, era sempre juntos, pra igreja ou reuniões familiares. Ele confessou que sentia falta de conversar com outro homem — sobre assuntos de homem. E essa frase, dita assim, com simplicidade, carregava uma profundidade que eu compreendi de imediato.


Terminamos o treino e, antes de nos despedirmos, ele perguntou:


— Quer uma carona hoje à noite? Bobagem cada um ir com seu carro… Moramos tão perto.


Concordei na hora. Passei meu endereço e ele disse que conhecia o local.

A ansiedade me mordeu já no portão da academia. O resto do dia se arrastou. Ao chegar em casa, entrei num ritual de preparação quase sagrado: banho demorado, barba bem feita, óleo corporal de amoras — meu favorito. Me vesti como quem se arruma pra um encontro sem nome, daqueles que podem mudar o rumo das coisas.


Quando o relógio marcou 20h em ponto, o carro dele parou em frente de casa. Vi tudo pela janela, estava plantando a mais de 40min esperando ele chegar, mas fingi naturalidade. Esperei ele tocar a campainha, como se não estivesse à sua espera havia quase uma hora.


Abri o portão e, diferente da nossa rotina afetuosa, o cumprimento foi seco, discreto. Um aperto de mão. Dois “homens héteros” iniciando uma noite de bar. Sorri por dentro com essa pequena encenação.


Seu Júlio estava impecável. Vestia uma calça de tecido macio, cor camurça, que marcava sutilmente o volume do seu bem precioso com uma naturalidade que me deixou sem ar. A camisa polo branca, enfiada por dentro da calça, evidenciava ainda mais sua barriguinha redonda e durinha — linda de se ver, do jeito que eu amava. O perfume era o mesmo da academia, agora misturado com o frescor do sabonete recém-usado. A barba bem feita, recém cortada, seu rosto liso e perfeito como a pele de um pêssego. E os cabelos, penteados com cuidado, revelavam que ele também havia se preparado para aquela noite. Não era apenas eu que estava esperando algo especial. Ele também estava — mesmo que ainda não admitisse.


— Quer entrar? — perguntei.


— Outra hora — respondeu ele, já se virando pro carro.


Entramos, e ele perguntou se eu conhecia algum bar bom. Disse que não, que não tinha o costume de sair. Foi então que ele sugeriu um lugar aconchegante num bairro próximo. Um bar de esquina, com mesas de madeira, quadros na parede e música ao vivo em volume ideal pra conversas longas. Aceitei sem hesitar.


Durante o trajeto, resisti bravamente à vontade de encostar minha mão em sua coxa. O clima entre nós estava leve, confortável, mas ainda era um terreno novo, e eu não queria apressar nada. Ele era meu convidado especial naquela noite, e merecia cada passo com respeito e paciência.


O bar era uma delícia. Luz baixa, ambiente acolhedor, uma moça com um violão dedilhando canções de Tom Jobim, Cazuza, Adriana Calcanhotto… tudo num tom quase sussurrado. Pedimos cerveja e algo pra beliscar. Os primeiros minutos foram preenchidos com papos corriqueiros — academia, treinos, saúde — até que, devagar, deslizamos para assuntos mais íntimos.


Seu Júlio começou a falar sobre o casamento. Os anos, as dificuldades, a solidão silenciosa de quem ainda deseja mas não é mais desejado. Contou que não fazia mais sexo. Tentava se aproximar da esposa, mas ela sempre tinha uma desculpa. E ele, com seus próprios limites e inseguranças, nunca buscou nada fora.


— Já pensei, sabe? Mas… a idade, o corpo… E esse medo de ser descoberto. De magoar, de estragar tudo.


Assenti com compreensão, e então compartilhei um pouco do meu lado. Falei do meu casamento também, do desejo por outros homens, da discrição que esse tipo de relação exige. Disse que os homens, especialmente os casados, são mais discretos, mais silenciosos — mais seguros.


— Homem não se apega — comentei. — Não quer invadir, só partilhar. É simples.


Júlio escutava com atenção. Às vezes parecia pensar em voz alta. Estava aberto. Havia algo em sua postura que dizia: estou pronto pra ouvir, talvez pra entender. E eu sabia que precisava respeitar esse ritmo.


Foi então, já na terceira garrafa, que ele ficou em silêncio por alguns segundos. Olhou pro copo, depois pra mim, e falou com a voz mais baixa da noite:


— Te contar uma coisa… Mas nunca falei pra ninguém.


Fiz um gesto com a mão, pedindo pra ele continuar, mantendo o olhar firme, sem julgamento.


— Uma vez, muitos anos atrás… na estrada. Eu ainda era caminhoneiro. Parei num posto pra tomar banho. E… tinha outro caminhoneiro no chuveiro ao lado. A gente se trocando, o cara não parava de olhar pra mim. Eu perguntei: “Tá gostando do que vê?” E ele disse que sim.


Fez uma pausa, como se organizasse a memória.


— E aí ele… veio pra cima. Me pegou, caiu de boca. Eu me assustei, não esperava. Mas deixei. Só que ele… sei lá. Não era bom. Eu nem fiquei duro. Me afastei. Falei que não queria mais.


O silêncio que veio depois era mais pesado do que qualquer música ao fundo. Seu Júlio parecia aliviado, mas envergonhado. Olhava pro copo, pra mesa, pra parede. Mas eu não me movi. Mantive o olhar.


— Obrigado por confiar em mim — disse, com suavidade.


Ele respirou fundo. Pela primeira vez, vi em seu rosto a mistura de vergonha e liberdade. Uma rachadura pequena, mas honesta, na muralha de sua heterossexualidade. Não era mais sobre o que ele era, e sim sobre o que ele permitia sentir — e comigo, ele estava se permitindo.


O garçom trouxe mais uma cerveja. E ali ficamos, por mais algumas horas. Rindo, bebendo, deixando o álcool soltar as palavras e os sentimentos. O clima não era mais o mesmo da academia. Era íntimo. Quente. Real.


Já passava das onze da noite quando sugeri que pedíssemos a conta. O tempo tinha voado, mas eu precisava acordar cedo no dia seguinte, e sabia que qualquer minuto a mais me deixaria com a cabeça nas nuvens. Seu Júlio não parecia com nenhuma pressa — e isso me deixava ainda mais encantado. Ele estava leve, sorridente, claramente com um pouco mais de cerveja no corpo do que o habitual.


Tentei rachar a conta, claro. Insisti. Mas ele foi firme:


— Que isso, fui eu quem te chamou. Deixa comigo. Na próxima, a gente divide.


Não tive como dizer não. Só sorri e aceitei o gesto. Era bonito ver aquele homem maduro, com tanto zelo pelas pequenas coisas.


Saímos. O ar da madrugada estava fresco e agradável. Entramos no carro.


Ele falava sobre como aquela noite tinha feito bem, sobre o quanto fazia tempo que não se sentia tão solto com alguém. Agradecia o tempo todo — e eu, em silêncio, absorvia cada palavra.


— Conversa de homem com homem… isso me fazia falta — ele disse, com um tom que misturava desabafo e gratidão.


Olhei pra ele com sinceridade.


— Eu gostei também. Não vou mentir: você me atrai, e não é só fisicamente. Tem algo em você que me prende. Que me faz querer cuidar.


Ele riu. Meio bêbado, meio brincalhão.


— Tá afim de me comer, né? Mas ó… eu não dou, hein! — E soltou uma gargalhada gostosa, daquelas que fazem a gente rir junto.


Claro que o álcool falava alto, mas havia uma verdade meio desajeitada por trás das palavras. Um medo disfarçado de piada. Um desejo que ainda não sabia se podia sair.

Notei que ele estava mesmo alterado. E mesmo sendo perto, achei mais seguro sugerir:


— Me dá a chave. Eu dirijo até sua casa e amanhã devolvo o carro.


Ele nem hesitou. Me entregou com aquele olhar de confiança tranquila. Chegamos em poucos minutos.


— Pronto, chegamos.


Coloquei a mão na sua coxa, como se fosse apenas um gesto de despedida. Mas o calor que senti ali me traiu. Olhei pra ele e vi seus olhos descendo discretamente pra minha mão. E então veio o convite:


— Não quer descer um pouco? Conhecer minha casa? Tô sozinho mesmo…


Nem pensei duas vezes. Mas ainda me fiz de difícil.


— Só um pouquinho… já tá bem tarde.


Descemos. Ele abriu o portão. A casa era linda. Jardim bem cuidado, fachada com vidro, muros altos. Um espaço que respirava silêncio e bom gosto. Entramos. Ele foi direto pro banheiro, dizendo que a cerveja estava cobrando o preço. Do sofá, dava pra ouvir o jato da urina batendo na água, a torneira abrindo, a descarga. Tão íntimo, tão doméstico. E eu ali, sentado, tentando não imaginar coisas demais.


Ele saiu e disse que ia trocar de roupa. Minutos depois voltou, agora com uma bermuda azul clarinha, de um tecido fino, que deixava muito espaço pra imaginação. Sem cueca. A regata branca colava no seu peito redondo e saliente, e as pernas abertas ao se sentar no sofá só fizeram a bermuda mostrar ainda mais o seu volume no meio das coxas.


Não tive como disfarçar meu olhar.


— Gosta de olhar pro meu saco, né? — ele disse, com aquele riso leve, como quem já esperava isso de mim.


— E você gosta de provocar, desse jeito.


Ele deu de ombros, ainda sorrindo, e depois ficou sério. Me olhou de um jeito diferente.


— Gosto muito de você, sabia? Nunca tive tanta liberdade de dizer o que eu sinto com alguém. Sempre tive medo de que pensassem errado de mim…


Aquela frase me pegou. Havia sinceridade. Emoção. Um quase pedido de cuidado.

Levantei e fui até ele. Me sentei ao seu lado e o abracei com carinho.


— Você pode dizer tudo, seu Júlio. Tudo. Eu nunca vou te julgar por nada.


Ele encostou a mão na minha coxa. Um gesto leve, mas cheio de significado. Recostamos as cabeças um no outro, naquele silêncio que diz mais do que qualquer palavra. E então, nossos olhos se encontraram.


Havia algo ali. Algo que pedia pra acontecer. Fui me aproximando devagar. Ele não recuou. Seu olhar oscilava entre meus olhos e minha boca.


E nossos lábios se encontraram.


Foi um beijo calmo. Um selinho. Depois outro. E mais um. Pequenos toques, intervalados por olhares que buscavam confirmação. Estamos mesmo fazendo isso?

Quando sua boca se abriu, fui o primeiro a avançar com a língua. Senti sua hesitação — mas ele permitiu. A língua dele veio ao encontro da minha, senti aquele gosto de cerveja, mas que não era incômodo e ali ficamos. Nos beijando. Lento, profundo, sincero.


Acariciei seus cabelos brancos, senti seu cheiro — ainda com aquele perfume da noite misturado ao sabonete do banho. Ele me abraçou. Me entreguei.

Subi devagar sobre seu colo, sentindo a firmeza da sua rola pulsando sob a bermuda, pressionando minha bunda. Meu próprio corpo reagia com intensidade — meu pau que estava tão duro que parecia que iria explodir de dentro da calça, roçava contra o abdômen quente dele, aumentando ainda mais a tensão entre nós. O beijo se intensificou. A respiração dele também. Por um momento, ele se afastou e me olhou com o semblante tenso.


— Calma… o que a gente tá fazendo?


— Tá gostando? — perguntei.


— Tá maravilhoso… mas… eu não sou gay.


Sorri e respondi:


— E quem disse que precisa ser?


Ele olhou pra mim por uns segundos, e então aquele sorriso que eu já conhecia — o mesmo da academia, aquele olhar de quem está à vontade comigo — voltou.


E voltou a me beijar.


Fiquei em pé. Tirei os tênis. Tirei a calça. Fiquei só de cueca branca. Meu volume era impossível de esconder. E os olhos de seu Júlio percorriam todo meu corpo. Meu pau latejava, ficava se exibindo praquele homem e ele não se importava em contemplar. Voltei pro colo dele. Mas Júlio se levantou. Me puxou pra perto e me beijou de novo, agora com mais vontade, nossos cacetes, trincando de duros, roçavam um no outro. Ele passou as mãos pelas minhas costas e, com naturalidade, afundou os dedos por dentro da minha cueca, apertando minha bunda com firmeza, puxando as bandas pros lados, abrindo meu rego e arreganhando meu cuzinho. Um arrepio percorreu meu corpo.


Depois, ele parou. Pegou minha mão e, sem dizer nada, me guiou pela casa, até o quarto.


Entramos no quarto onde ele e a esposa dormiam. Era um espaço amplo, com uma cama generosa ao centro, cortinas de tecido claro filtrando a pouca luz da rua. Ele acendeu o abajur ao lado da cama, e a lâmpada de tom quente inundou o ambiente com uma luminosidade suave, acolhedora, quase cúmplice. Meus olhos percorreram rapidamente o cômodo — a colcha esticada, a poltrona no canto, o armário de portas espelhadas — mas logo se detiveram em seu Júlio, parado ali ao lado da cama, ajeitando a rola dura na bermuda, como se me esperasse há tempos.


Ele me olhava com seriedade, percorria meu corpo, encarava minha rola pulsando dentro da cueca, mas havia uma ternura contida em seu rosto, algo que ia além do desejo. Me aproximei em silêncio, sentindo a tensão do momento como se fosse eletricidade entre nós. Quando já estávamos frente a frente, ofereci um leve sorriso, e ele, suavemente, retribuiu. Então levei minhas mãos à sua cabeça com calma, quase reverência, e o beijei. Foi um beijo profundo, carregado de sentimento e entrega, como se tudo que havíamos construído até ali se resumisse naquele toque de lábios. Nossos corpos se colaram com naturalidade, e ali, tão perto, pude sentir novamente a dureza de sua pica, que parecia querer rasgar o fino tecido da bermuda para expor toda sua beleza para mim.


Sem que percebêssemos, fomos sendo levados pela vontade até a cama. Deitamos, ainda presos um ao outro, sem pressa, como se aquele momento fosse eterno. Minhas mãos exploravam cada detalhe do corpo de Seu Júlio — aquele corpo grande, peludo, quente — e aos poucos senti as dele, ainda um pouco tímidas, percorrendo meu peito, minha cintura, minha pele arrepiada. Estávamos imersos um no outro, coloquei ele de costas na cama e fiquei por cima dele, embalados pela luz amarelada do abajur e pelo silêncio confortável daquele quarto.


Em um momento de entrega, sua rola, ainda dentro de sua bermuda, se esfregava com vontade em minha barriga. Segurei com carinho, com firmeza, e sussurrei entre o riso e o espanto:


— Como tá duro, Seu Júlio…


Ele sorriu, daquele jeito gostoso, cheio de malícia boa, e respondeu:


— Você me dá muito tesão.


Quando Seu Júlio disse aquilo, percebi no mesmo instante que ele estava entregue. Seu olhar já não trazia mais dúvida, só desejo — desejo cru, intenso, pulsante. E eu sabia que aquele era o momento.


Me inclinei sobre ele, deixando minha língua começar um percurso lento e provocante por seu corpo. Minha primeira parada foi em seus mamilos — grossos, rígidos, perfeitamente desenhados no peito forte. Passei a língua suavemente sobre um deles e ouvi o primeiro suspiro escapar de seus lábios. Era como se aquele toque tivesse aberto uma porta que nunca fora aberta antes. Instintivamente, passei a sugar com leveza, alternando com pequenas mordidas que o faziam se arquear sob mim. Seu corpo inteiro reagia, e seus gemidos abafados confirmavam: ele estava sentindo algo que não conhecia até então.


Levantei seus braços devagar, expondo suas axilas fartas de pelos negros e densos. O cheiro ali era uma mistura perfeita de masculinidade: um resquício suave de desodorante misturado ao perfume do seu suor, fresco, forte, inebriante. Enterrei o rosto ali, respirando fundo, me perdendo naquele aroma que parecia feito sob medida pra me enlouquecer. Ele soltou um gemido baixo, entre o constrangido e o excitado, e sussurrou meu nome. Estava completamente vulnerável... e adorando cada segundo disso.


Continuei minha jornada, deixando que meu rosto, minha boca e minha língua passeassem por aquele corpo vasto e coberto por pelos que arranhavam de leve minha pele — um toque que me acendia por dentro. Desci pelo peito largo, passei pelo ventre onde os fios se tornavam ainda mais espessos... e ali, entre as pernas entreabertas, repousava o centro de toda aquela tensão: rígido, latejante, pulsando por trás do tecido fino da bermuda azul, que já se encontrava visivelmente molhada.


Uma mancha escura se espalhava na altura da cabeça daquela rola que pressionava o tecido — era o desejo de Seu Júlio, escapando em forma de líquido quente, encharcando a bermuda. Aquela visão me fez suspirar de tesão. Eu não precisava tocar para saber o quanto ele estava excitado… o corpo dele gritava isso. E seus olhos, vidrados em mim, cheios de desejo e vulnerabilidade, diziam ainda mais.


Parei por um instante, apenas observando — o contraste dos pelos brancos contra o azul escuro, o brilho úmido da excitação vazando pela roupa, o aroma de homem no ar.


Ao ver o tecido da bermuda completamente encharcado, meu instinto foi imediato: aproximei os lábios e toquei aquela umidade quente, sentindo o gosto sutil do seu mel, misturado ao cheiro inconfundível e másculo que vinha dali. A rola, dura como pedra, pulsava com urgência sob o tecido, e ali eu soube: Seu Júlio estava entregue.


Comecei a descer sua bermuda devagar, primeiro revelando os pelos pubianos — ainda predominantemente negros, mas com fios grisalhos surgindo aqui e ali, formando uma composição única e hipnotizante. Continuei a descida e logo vi a base do seu membro. Já suspeitava que fosse grosso, mas a visão superava qualquer expectativa. Estava rígido, com veias marcadas e latejantes, numa demonstração clara de seu tesão.


Quando enfim revelei por completo, me deparei com algo realmente impressionante: Era uma pica grossa, extremamente grossa. A pele retraída revelava uma glande rosada, lisa mas com a cabeça levemente mais fina, mas que ainda mostrava imponente no conjunto — do tipo que entra fácil no começo, mas depois preenche tudo com voracidade, rasgando um cu menos experiente.


Abaixo, um volume generoso: seu escroto pendia pesado, coberto por uma espessa camada de pelos grisalhos, como se o tempo tivesse esculpido ali uma obra de arte viva. Seus bagos eram grandes, dignos de um belo espécime reprodutor, o couro esticado em excesso deixava tudo bem solto, bem volumoso. Com certeza, havia uma grande quantidade de leite depositado ali, pronto pra ser liberado.


Olhei pra ele, fascinado, e disse com sinceridade:


— Ele é lindo, Júlio.


Ele sorriu com os olhos brilhando e respondeu:


— Ele é seu agora.


Senti uma alegria indescritível. Abaixei o rosto e, antes de tudo, inspirei fundo, saboreando o perfume cru e quente da sua virilidade, como quem admira algo raro antes de tocar. E então, com vontade e fome, o acolhi por inteiro na boca, devagar, sentindo cada centímetro.


Seu Júlio não conteve o prazer e soltou um gemido alto, com a boca entreaberta, a cabeça jogada para trás, como se cada segundo daquela entrega estivesse lhe devolvendo uma parte esquecida de si mesmo.


— Ah… que saudade disso — murmurou.

— Minha mulher nunca fez assim comigo…


Essas palavras entraram em mim como um selo. Naquele instante, soube que queria ser mais do que um corpo pra ele: queria ser o melhor amante que já teve.


Me entreguei com prazer ao corpo de Júlio, explorando cada centímetro daquele pau gigante, ainda que naquele momento fosse impossível engolir todo seu membro imenso. Chupava com vontade, sentindo pequenos jatos de pré-gozo a cada chupada mais forte, saboreando o gosto daquele mel. Seu corpo reagia a cada movimento da minha boca, e ele retribuía com gemidos abafados e suspiros pesados. Aos poucos, tentava engolir o máximo que podia daquela pica, fui o envolvendo com meus lábios, sentindo seu calor, seu gosto, sua textura.


Seu Júlio então, segurou minha cabeça com firmeza e carinho, conduzindo os movimentos com um ritmo que ia se aprofundando aos poucos. Mesmo com um pouco de ânsia, eu me permitia ir além, deixando que ele tomasse as rédeas da situação. Quando o avanço era mais intenso e profundo, meus olhos chegavam a lacrimejar, porém eu me adaptava, embalado pelo desejo de ver aquele homem se perder completamente no prazer.


A sensação era visceral. As respirações ofegantes, os sons úmidos, o leve tremor de suas coxas, o toque quente que escorria — tudo contribuía para intensificar aquele momento. Ele começou a se mover com mais força, guiando minha boca com uma necessidade quase primitiva. Eu sentia cada impulso, cada arrepio que percorria seu corpo.


De repente, num ímpeto de puro tesão, seu Júlio não se segurou, agarrou meus cabelos com firmeza, e puxou com força minha cabeça contra seu corpo, foi um movimento brusco, sua rola atolou na minha garganta, a ânsia veio forte, tentei me desvencilhar, mas Seu Júlio era forte, e não me deixou escapar, me segurou firme por uns segundos, até que meu corpo entendeu que eu era refém ali, e a única coisa que eu podia fazer era me entregar, e assim o fiz, me acalmei, superei a ânsia, relaxei e permiti que aquele monstro permanecesse em mim. Eu sentia ele pulsar na minha garganta. Seu Júlio logo percebeu que eu estava relaxado e então continuou a foder minha boca.


Usava minha cabeça como se fosse um vibrador, com movimentos de levantar e abaixar. Sentia sua glande coçar o fundo da minha garganta e a sensação era deliciosa. Seus movimentos começaram a se tornar ainda mais intensos, minha baba escorria pelo seu saco e o som úmido característico que fazia ao bater no meu queixo deixava tudo ainda mais enlouquecedor. A respiração de Seu Júlio estava cada vez mais ofegante, e ele gemia no ritmo das estocadas na minha boca. Seus gemidos abafados agora era muito audíveis, sua boca aberta, os olhos fechados, revelava que o gozo estava próximo. Ele acelerou ainda mais as batidas até que soltou um urro grosso e rouco, segurando com força minha cabeça, sua rola estava totalmente atolada em mim, sentia os jatos diretamente na garganta, me alimentou com seu farto leite grosso e altamente proteico.


A intensidade do momento o fez liberar tudo de si, com uma força crua e verdadeira. Ele parecia um cavalo gozando, tamanha quantidade de porra que expeliu. Achei que fosse engasgar. Mas permaneci ali, acolhendo e degustando o ápice da sua virilidade, sentindo seu corpo estremecer e sua respiração falhar entre os gemidos.


Quando ele enfim relaxou, seus olhos se abriram lentamente, e um sorriso satisfeito apareceu em seus lábios. Sem dizer uma palavra, ele acariciou meu rosto, sua rola lentamente foi diminuindo de tamanho, percebi que ele já tinha ejaculado todo seu sêmen, e comecei a retirar seu membro da boca, lentamente, para não causar desconforto, já que sua glande estava muito sensível. Olhei para seu pau semi-flácido e o pressionei, liberando as últimas gotas do seu néctar para enfim, saborear o gosto daquele homem, do meu homem, do meu Júlio.


Depois daquela gozada incrível, Seu Júlio estava exausto — seu peito subia e descia devagar, suado, satisfeito. Seus olhos estavam semicerrados, um sorriso de prazer ainda estampado no rosto.


Me deitei ao lado dele, encostando a cabeça em seu peito ainda quente. O cheiro do nosso sexo misturado ao perfume amadeirado da sua pele criava um perfume único que me embalava. Ficamos ali, colados, trocando carinhos e respiros calmos… e adormecemos.


Acordamos de repente, eram quase três da manhã. Nos olhamos, meio sonolentos e ainda envolvidos naquele torpor gostoso. Levantamos devagar. Eu fui pegando minhas roupas, vestindo peça por peça com um certo carinho — como se quisesse prolongar aquele momento mais um pouco.


Antes de sair, ele me puxou pela cintura, me olhou nos olhos e disse com um sorriso rouco:


— Obrigado… por essa noite maravilhosa.


Nos beijamos com vontade, com aquela língua preguiçosa de pós-gozo, cheia de desejo contido. Quando nos soltamos, ainda com as respirações entrelaçadas, eu sussurrei:


— A gente se vê amanhã… na academia.


Apesar de eu não ter gozado — e de nem sequer ter havido penetração — me sentia completamente realizado. Só de ter proporcionado tanto prazer àquele homem, já estava em êxtase. Eu sabia que aquela noite não seria a única. Era só o começo de algo que ainda manteríamos por um bom tempo. Aliás, mantemos até hoje.


Não sei se essa história terá uma continuação, mas quis compartilhá-la para mostrar como até mesmo um homem que sempre se considerou heterossexual pode descobrir o quanto o sexo entre dois homens pode ser maravilhoso. Basta ser abordado com respeito, desejo verdadeiro e sem pressa.


Amor e sexo não deveriam ser tratados como coisas exclusivas ou limitadas. Eles existem onde há entrega e conexão — seja entre um casal gay ou hétero.


ree

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11 comentários

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Convidado:
25 de jul.

no anal?

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Convidado:
24 de jul.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Nossa, delícia de história

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Convidado:
20 de jul.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Que estória mais fofa e excitante . So faltou mostrar pelo menos a rola do Júlio.

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Anonimo
19 de jul.

Quem é o Júlio nos seus vídeos

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Ursinho Novo
Ursinho Novo
21 de jul.
Respondendo a

Seu Julio foi um romance muito bom, um daqueles que guardei só pra mim, eu nunca nos filmei transando.

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Convidado:
19 de jul.
Avaliado com 5 de 5 estrelas.

Continue a história. Estou apaixonado pelo Sr Júlio!

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Ursinho Novo
Ursinho Novo
21 de jul.
Respondendo a

🧡

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